terça-feira, 29 de dezembro de 2020

O amor é o mais importante


2020 confirmou para mim, um sujeito lógico, racional, analítico, que acredita no "Deus de Espinosa", que o que mais importa na vida é o amor, todo o resto é detalhe. Falo de amor de forma universal: por nós mesmos, por nossa família, amigos, colegas de trabalho, líderes, subordinados, estranhos, animais e especialmente pela natureza. 

A questão do sentido da vida e da divindade se resolve para mim em boa parte na crença no amor. Por isto a injustiça e a crueldade contra seres indefesos tanto me incomodam, o que tornou este ano especialmente difícil. E sim, eu sei que esta minha visão sobre o amor me aproxima demais do Cristianismo, e não tenho NENHUM problema com isto, até costumo rezar à noite com a Alice, minha caçula, antes dela dormir.


"Amor é paz e não aventura. Os casais que gostam de aventura podem, juntos, programar atividades mais emocionantes. O amor adulto, em última análise, é a repetição da sensação de paz e aconchego que, um dia, sentimos no colo de nossa mãe. A aventura estava em descer do colo e ir explorar o entorno. O amor é o porto seguro, o mesmo para onde a criança corre quando se vê em apuros. Os que entendem que essa é a natureza do amor e não esperam desse sentimento o que ele não pode dar sentem-se extremamente felizes e realizados com este tipo de encontro." Flavio Gikovate


Por isto aqui vai uma dica de exercício bem legal, que mudou minha vida a partir de 2012 (quando um coach me deu este "para casa"): procure escolher uma pessoa do seu relacionamento "fixo" (isto é, alguém com quem você, na situação atual, é "obrigado" a conviver) de quem você não goste. O exercício é fazer todo o possível para mudar isto e passar a gostar desta pessoa (ou, na versão "Ivo 2021", AMAR). Se você fizer este exercício com vontade de verdade eu te garanto, vai se sentir uma pessoa melhor.

P.S.: os dois gatinhos acima são o Juquinha e a Yeyê, que nos deixaram em 2019, com poucas semanas de diferença, e encheram nossa casa de amor por muitos anos!


*** Belo Horizonte, 29 de dezembro de 2020 (288 dias de isolamento social e contando!)

sábado, 3 de outubro de 2020

Vai passar!

 201

Este é o número de dias em que estamos em isolamento social aqui em casa (desde 17-mar). Todos usamos máscara quando saímos de casa, saímos pouco, aderimos à escola online para as meninas (virei suporte de TI na parte da tarde!), deixamos as meninas jogarem Roblox, e de vez em quando saímos de carro procurando um lugar vazio e arborizado para descomprimir um pouco.
Ontem tivemos a notícia de que o homem mais poderoso do Mundo (Presidente dos Estados Unidos) foi infectado pelo COVID-19 e está internado, como aliás já ocorreu com o nosso Presidente.
Está difícil? Com certeza, ainda mais para aqueles que como eu atuam como profissionais independentes e possuem uma família para cuidar. Mas estamos todos bem de saúde física e mental, e prontos para manter as medidas de isolamento o tempo necessário pelo bem de nossa família e de todos ao nosso redor, fazendo o possível para continuar mantendo a casa funcionando, afinal as contas não pararam de chegar...
Neste momento difícil temos que ter paciência, em especial com nossos filhos e cônjuges, e principalmente conosco. E, muito importante, oferecer todo tipo de suporte ao nosso alcance, principalmente emocional, para nossos familiares, amigos, colegas de trabalho e principalmente trabalhadores da linha de frente.




#vaipassar


*** Belo Horizonte, 03 de outubro de 2020 (201 dias de isolamento social e contando!)

sábado, 26 de setembro de 2020

Dá um tempo!

 Hoje, 26 de setembro, completamos por aqui 194 dias de isolamento social. Por causa do home schooling eu precisei virar analista de suporte de TI das minhas filhas, minha esposa virou professora e tutora em pelo menos 50% do tempo livre e não está nada fácil continuar este processo, mas o COVID-19 não nos dá escolha...

Na família todos passam bem, mas já tivemos colegas vitimados pelo vírus (e que felizmente se recuperaram), e infelizmente colegas que perderam parentes para esta doença traiçoeira.

Eu já estava acostumado a trabalhar em home office a maior parte do tempo, e devo confessar que me apaixonei pelo Zoom, pois nada melhor do que dar aulas, webinars e palestras direto de casa e ainda assim ter um reconhecimento positivo. Mas até eu que sempre fui um sujeito mais caseiro sinto falta do contato direto com pessoas do meu relacionamento e até com desconhecidos com os quais possa vir a desenvolver projetos ou simplesmente trocar ideias. Sinto que faço um pouco disto através deste blog e outras iniciativas, como minha newsletter e meu canal no YouTube, mas não é a mesma coisa. Tudo isto afeta nossa percepção do tempo ("Eu falei com o Ronaldo foi nesta segunda ou mês passado?") e até mesmo nossa rotina diária (minhas filhas passaram a dormir por volta de 23h30/meia-noite, no mesmo horário que eu).

Tudo isto confirma que nossa percepção do tempo tem um forte componente psicológico, e por isto gostaria de recomendar a vocês um livro que li praticamente "de uma sentada". Eu havia encomendado para ver se tirava algumas ideias para o primeiro webinar da Turma 01 do Programa Melhore!". O livro é "Dá um Tempo", de Izabella Camargo.




A autora, enquanto pesquisava e escrevia o livro, teve uma síndrome de burnout que a deixou no hospital por cerca de duas semanas em 2018. Na volta foi demitida da Rede Globo sem justa causa, terminou o livro e em abril criou um canal no YouTube com o mesmo nome do livro. No canal estão disponíveis, dentre outros,  vários vídeos em que ela conversa com pessoas interessantes que entrevistou para o livro. Um livro ao mesmo tempo leve e que nos faz pensar, portanto recomendo!

Para terminar, uma citação de um dos meus filósofos preferidos:

Tenho o costume de ficar admirado, quando vejo alguns que solicitam o tempo alheio e o rogado que se mostra generoso. Ambos encaram o objeto da petição, mas nenhum deles vê o tempo em si. Um pede como se fosse algo de ninharia e como tal é-lhe concedido. 

 Estão brincando com a coisa mais preciosa do mundo.

 O engano advém do fato que o tempo é algo de incorporaI, que não impressiona os olhos e por isso é tido qual coisa desprezível, ou melhor, de valor nulo.” 

 (Sêneca, filósofo estoico romano (Corduba, ca. 4 a.C. — Roma, 65), em seu livro “A Brevidade da Vida”)





*** Belo Horizonte, 26 de setembro de 2020 (194 dias de isolamento social e contando!)

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Obrigado minha amiga!

 Nesta madrugada a Mina nos deixou depois de quase 18 anos de amor e companheirismo. Foi nossa "filha" única por quase 7 anos, e depois teve que dividir a casa com vários "irmãos", " irmãs" e até "netas" (a Pops, que resgatamos em março aqui na nossa rua, bem no início da pandemia), humanos e felinos. Nesta foto aí embaixo ela havia acabado de ser castrada, é de meados de 2003. Quando tratei meu câncer de 2015 a 2019 e ficava na cama ela sempre vinha deitar do meu lado ou de preferência como na foto, em cima da minha barriga.




Descobri através dela como gatos são seres especiais, tanto é que depois dela chegar em 2002 (quando ainda morávamos em Manaus) já tivemos outros quatro. Foram provavelmente milhares de longas conversas sem palavras e aprendi MUITO com ela. Tenho certeza de que sou uma pessoa melhor por causa da Mina. Obrigado minha amiga, estou triste mas ao mesmo tempo feliz pelo privilégio de tantos anos de convivência com um ser tão especial...

*** Belo Horizonte, 21 de setembro de 2020 (189 dias de isolamento social e contando!)

domingo, 16 de agosto de 2020

Pílulas para Melhorar: #6 - Pensamento Complexo

Trecho extraído de Conceito de pensamento complexo

"A noção de pensamento complexo foi assim denominada pelo filósofo francês Edgar Morin e refere-se à capacidade de interligar diferentes dimensões do real. 

Perante a emergência de acontecimentos ou de objetos multidimensionais, interativos e com componentes aleatórios, a pessoa vê-se obrigada a desenvolver uma estratégia de pensamento que não seja redutora nem totalizante, mas reflexiva. 

Morin chamou essa capacidade de pensamento complexo.

Este conceito opõe-se à divisão disciplinar e promove uma abordagem transdisciplinar e holística, mas sem abandonar a noção das partes constituintes do todo."

O médico e psicoterapeuta Humberto Mariotti é considerado o maior expoente do pensamento complexo no Brasil. Ele define complexidade como:

A multiplicidade, o entrelaçamento e a contínua interação da infinidade de sistemas e fenômenos que compõem o mundo natural e as sociedades humanas. Os sistemas complexos estão dentro de nós e a recíproca é verdadeira”.

Para o Programa Melhore! eu selecionei dois livros do Professor Mariotti para a biblioteca de referência, incluindo este:



O outro eu cito aqui: IE: uma "bibliografia alternativa" (aliás vários dos livros citados nesta postagem entraram na bibliografia do Programa)

Para mim uma das coisas mais práticas e aplicáveis do pensamento complexo, que uso na vida, no trabalho e até nas minhas aulas de gerenciamento de projetos, são os Operadores Cognitivos do Pensamento Complexo:

1. CIRCULARIDADE: “Os efeitos retroagem sobre as causas e as realimentam.”

2.AUTOPRODUÇÃO: “Os seres vivos produzem, eles próprios, os elementos que os constituem e se auto-organizam por meio desse processo.”

3. O OPERADOR DIALÓGICO: “Há contradições que não podem ser resolvidas. Isso significa que existem opostos que são ao mesmo tempo antagônicos e complementares.”

4. O OPERADOR HOLOGRAMÁTICO: “As partes estão no todo, mas o todo também está nas partes.”

5.INTERAÇÃO SUJEITO-OBJETO: “O observador faz parte daquilo que observa.”

6. ECOLOGIA DA AÇÃO: “As ações com frequência escapam ao controle de seus autores e produzem efeitos inesperados e às vezes até opostos aos esperados.”

Um motor de carro de Fórmula 1 é complicado, a cabeça de uma criança de 7 anos é complexa. Com muito estudo e dedicação eu consigo entender e fazer ajustes no primeiro com praticamente 100% de precisão, mas isto é impossível num sistema complexo como a cabeça de uma criança (ou de qualquer outro ser humano).


*** Belo Horizonte, 16 de agosto de 2020 (153 dias de isolamento social e contando!)

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Pílulas para Melhorar: #5 - Psicologia Positiva

Psicologia Positiva é um ramo recente da psicologia que se dedica ao estudo da “vida boa” (do grego eudaimonia, muitas vezes traduzido como felicidade ou bem estar).  

O ramo foi criado em 1998 pelo psicólogo americano Martin Seligman, quando este o escolheu como tema para seu mandato como presidente da American Psychological Association.

Seligman consolida em seu livro “Flourish” (2011) o modelo PERMA, acrônimo que representa os cinco elementos de sua teoria para uma vida boa:


Uso MUITO este modelo, tanto para mim quanto com meu clientes de coaching. No caso da "Positive Emotion" // "Emoção Positiva" eu reitero bastante a importância da "Razão Áurea" // "Positivity Ratio", proposta pela psicóloga americana Barbara Fredrickson em seu livro "Positivity: Top-Notch Research Reveals the 3-to-1 Ratio That Will Change Your Life", de 2009. 

O 3 a 1 do título significa que nós devemos sentir três emoções positivas para compensar cada emoção negativa para podermos nos sentir "bem" ("to thrive", em inglês). Desde o lançamento do livro a razão sempre foi questionada em termos quantitativos, mas é óbvio que o que nos acontece de ruim nos impacta mais do que o que nos acontece de bom, faz parte da nossa natureza e instinto de sobrevivência. E como podemos usar isto em nosso favor? Uma sugestão que dou aos meus clientes é manter um "diário de coisas boas", onde anotam tudo de bom que acontece em suas vidas. Aí, sempre que estiverem se sentindo "para baixo", leem partes do diário, o que de certa forma traz de volta as emoções positivas ali registradas e ajuda a restabelecer o equilíbrio emocional.


*** Belo Horizonte, 14 de agosto de 2020 (151 dias de isolamento social e contando!)

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Pílulas para Melhorar: #4 - Mindfulness

 Conceito popularizado no mundo ocidental pelo médico americano Jon Kabat-Zinn, em seu livro  “Wherever You Go, There You Are: Mindfulness Meditation in Everyday Life” (1994).



Ele estudou sobre o tema e passou a usar técnicas de mindfulness com seus pacientes, e obteve resultados fantásticos.Este livro de certa forma me fez deixar de lado o preconceito que tinha contra meditação, pois sempre tive ressalvas ao componente religioso que em geral era associado ao processo. 

Minha visão pessoal: mindfulness significa atenção plena e total no momento presente, vai muito além da prática da meditação e pode ser praticada a qualquer momento e de diversas formas.

Provocação: você está presente de verdade aqui e agora? Está focado no que leu até aqui? Se não, volte ao início e procure ler desta forma, isto já é uma prática de mindfulness.

Lembre-se, do passado só podemos tirar lições aprendidas e lembranças, e nosso futuro depende de nossas ações aqui e agora!


Vídeo comigo falando sobre mindfulness em 2017 


Termino com duas dicas musicais para praticar um tiquim de mindfulness: separe um tempo e pare por 12 minutos para assistir com calma este clip MARAVILHOSO, especialmente se gostar de cinema (ele é todo muito bem filmado em plano-sequência) e Pink Floyd:


E se gosta de Pink Floyd deve ter notado as influências, e já que está aqui confira mais este vídeo:


Por questões muito pessoais (quando eu estava doente um amigo me mandou um clip dele cantando esta música e tocando guitarra, e recebi este clip num momento em que estava bem pra baixo) e pela beleza da música eu me emociono e me acalmo toda vez que a escuto.

*** Belo Horizonte, 13 de agosto de 2020 (150 dias de isolamento social e contando!)

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Pílulas para Melhorar: #3 - Gestão do Tempo Pessoal

 Nestes tempos de crise econômica e sanitária, e agravado para muitos de nós pelo isolamento social, que parece ter misturado nossos domínios pessoal e profissional em um só (na verdade os dois, e outros que compõem a nossa vida, sempre foram interligados, mas isto é assunto para uma outra postagem, BEM mais longa), os sentimos cada vez mais preocupados o longo do dia, sendo bombardeados por mensagens de alerta do nosso cérebro e por demandas de outras pessoas que nos deixam com a sensação de que não vamos conseguir fazer tudo o que precisamos ao longo do dia. Ás vezes é pior, pois muitas vezes chegamos ao fim do dia e só então nos lembramos de algo MUITO importante que precisávamos ter feito mas simplesmente nos esquecemos...

Fazer um mini texto sobre gestão do tempo pessoal é um desafio, portanto resolvi compilar aqui uma série de dicas, como fiz há algumas semanas sobre o trabalho em casa em tempos de isolamento social:


1. Se você é chefe ou líder de equipe, avalie que partes do seu trabalho podem ser delegadas para pessoas da sua equipe (sem sobrecarregá-las) ou para uma nova pessoa (um secretário, ou mesmo estagiário). Minha experiência com clientes de coaching nesta posição mostra que eles podem fazer isto com cerca de 30% do trabalho sob sua responsabilidade.

2. Ainda se for chefe ou líder de equipe, pense MUITO antes de agendar uma reunião. Só porque é virtual não significa que não irá ocupar o tempo das pessoas.

3. Se aceitou participar de uma reunião, nada de levar notebook (a não ser que esteja fazendo a ata), deixe o celular no silencioso e principalmente preste atenção (veja a dica seguinte). 

4. Nosso cérebro não consegue focar em mais de uma coisa ao mesmo tempo, portanto procure fazer uma coisa de cada vez e não várias ao mesmo tempo (evite o "multitasking").  

5. Ao longo do dia, crie uma rotina de beber água, ir ao banheiro e caminhar um pouco, prestando atenção na respiração, nem que seja dentro de casa. Uma espécie de recarga mental.

6. Nosso cérebro, quando se trata de coisas a serem feitas por nós, tem dificuldades em priorizar, e nos manda com a mesma prioridade mensagens como "hoje você precisa entregar o relatório de fechamento do mês para a Diretoria" e "eu preciso agendar o meu checkup anual com o meu médico, acho que já tem quase um ano desde que estive por lá". Note que ambas iniciativas possuem urgência e importância distintas, mas nosso cérebro fica o tempo todo nos mandando mensagens sobre elas. O que fazer? Seguir pelo menos um pouco do que propõe David Allen, meu guru de gestão do tempo, no seu método GTD (Getting Things Done), descrito em livro do mesmo nome (em português o nome é "A Arte de Fazer Acontecer"): coloque suas iniciativas num sistema confiável, e que no meu caso gera alertas e me permite definir prioridades. Para isto minha principal ferramenta é o Evernote.


 

Ricardo Vargas, outro colega que usa o método GTD, fez uma série de três podcasts de cinco minutos sobre o método, o primeiro pode ser conferido aqui:


Entendendo o GTD - Parte 1 de 3, por Ricardo Vargas


7. Adote o costume de conferir as notícias e redes sociais como uma frequência e/ou horário definidos. Se algo MUITO urgente e importante acontecer neste intervalo pode ter certeza que alguém vai te contar.

8. Saiba dizer não.

E paro por aqui, senão vou ficar com vergonha de chamar este texto de mini...


*** Belo Horizonte, 12 de agosto de 2020 (149 dias de isolamento social e contando!)

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Pílulas para Melhorar: #2 - Comunicação Não-Violenta (CNV)

Metodologia de comunicação e resolução de conflitos compilada pelo autor americano Marshall B. Rosenberg e descrita em seu livro do mesmo nome, publicado em 1999.


Ela é voltada para aprimorar os relacionamentos interpessoais e diminuir a violência no mundo. Pode ser considerado um excelente companheiro de técnicas de negociação colaborativa.

O método é aplicável a centenas de situações que exigem clareza na comunicação - em fábricas, escolas, comunidades carentes e até em graves conflitos políticos.

Seus quatro componentes são:

  1. Observação: o que está acontecendo de fato, sem julgamentos ou juízos de valores
  2. Sentimentos: identificação do que estou sentindo sobre o que estou observando
  3. Necessidades: comunicação ao outro do que acho que preciso levando em conta meus sentimentos
  4. Pedido: pedido concreto feito ao outro para que eu tenha minhas necessidades atendidas

Exemplo de diálogo usando CNV (CNV na prática):

  2 jeitos de aplicar CNV numa conversa quando você DISCORDA (CNV na Prática)

(do Canal Diálogos Corajosos,  o melhor que achei em português sobre o tema, recomendo!)


*** Belo Horizonte, 11 de agosto de 2020 (148 dias de isolamento social e contando!)


segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Pílulas para Melhorar: #1 - Agilidade Emocional


Pessoal, a partir de hoje e nos próximos dias eu vou postar por aqui a série de mini textos "Pílulas para Melhorar". Em cada texto eu vou falar um pouquinho de um tema relacionado ao meu Programa Melhore!, cuja primeira turma está com início previsto para o próximo dia 24 de agosto.

Começo falando de um tema que já andei comentando em outras postagens e que considero de extrema importância para o momento que estamos passando, tanto que o selecionei como um dos nove a fazerem parte do menu de escolhas dos participantes da turma 01 do programa. Vamos lá!

Agilidade Emocional

"Ser flexível com seus pensamentos e sentimentos de forma que você consiga responder da melhor maneira a situações cotidianas”. (Susan David, “Agilidade Emocional”)


 Nada de tentar controlar pensamentos ou te forçar a pensar de forma mais positiva! Isto não só não funciona como muitas vezes pode piorar as coisas...

Em 2019 eu postei por aqui uma resenha mais extensa sobre o livro da Susan, segue o link:


Resenha de "Agilidade Emocional", de Susan David

E aqui vai o link para o PDF de uma palestra que dei sobre o assunto em 2017:


Outra postagem relacionada a este (e outros!) temas do Melhore! que eu recomendo é esta:


Nestes tempos de angústia e preocupação precisamos exercitar ao máximo a empatia e o Shinsetsu (tema de uma próxima pílula), pois o que não falta por aí são barcos vazios vindos na nossa direção de tudo quanto é lado...


*** Belo Horizonte, 10 de agosto de 2020 (147 dias de isolamento social e contando!)

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Tô cansado



Quem é da minha geração deve ter lembrado na hora do clássico dos Titãs. Aliás, música tem sido uma das coisas que mais tem me ajudado a enfrentar este período de isolamento social, que por aqui começou em 17 de março..

Estou acostumado a trabalhar a maior parte do tempo em casa, esta tem sido minha rotina principal desde 2010, mas se tem uma coisa que está sendo MUITO difícil de lidar é a tal da "escola virtual" para as minhas filhas (7 e 11 anos). Na verdade esta experiência deixou claro que o modelo atual de ensino infantil, praticamente o mesmo de quase 50 anos atrás, quando fiz o curso primário, não atende plenamente as necessidades das nossas crianças. A nova BNCC (se você é pai de crianças em idade escolar e não sabe o que é isto pare de me ler AGORA e vá pesquisar) deveria estar mudando isto para melhor, e eu estava esperançoso até o início deste ano, mas estes quase quatro meses deixaram claro que tentar tornar virtual um modelo ultrapassado acaba amplificando as deficiências deste modelo. E não que sirva de consolo, mas este não parece ser um problema local, mas basicamente mundial (matéria bem interessante da CNN sobre o assunto).


E a resistência das escolas em revisar o valor das mensalidades?! Nossa, foi mais fácil negociar com locador, operadora de internet e até de cartão de crédito do que com a escola das minhas filhas... Aliás, negociação em si não houve, há algumas semanas enviaram uma circular anunciando um "acordo" concedendo x% de desconto, não cumulativo com outros descontos que já eram concedidos, como o de irmãos. Este tipo de coisa me tira do sério, pois acho muito importante usarmos as palavras de foma correta, e um comunicado unilateral não pode de jeito nenhum ser chamado de acordo (por isto usei as aspas). Por enquanto, apesar da sua relevância e pertinência, optei por desistir de levar esta discussão adiante, pois existem questões ainda maiores relacionadas ao ensino dos nossos filhos nestes tempos de pandemia. Mas devo dizer uma coisa: "tô cansado", e acredito que muitos pais, mães, alunos, e também professores, coordenadores, diretores e demais partes interessadas envolvidas (incluindo principalmente, assim espero, nosso Ministério da Educação) com o ensino de crianças e jovens também estejam.


Só que pela importância do assunto nas nossas vidas não podemos simplesmente deixar a coisa de lado. E há esperança, para quem quiser ver um pouco do que pode ser feito recomendo fortemente este livro:




"Metodologias Inov-Ativas na Educação Presencial, a Distância e Corporativa" ( por Carolina Costa Cavalcanti e Andrea Filatro, 2018)

Eu o incluí na minha lista do que li e gostei em 2019.

Enquanto isto recorro ao carinho da minha família e amigos e ao conforto dos meus estudos, em especial sobre Inteligência Emocional, CNV (Comunicação Não-Violenta) e mindfulness, para seguir em frente. E sim, eu sei que não está fácil para ninguém! 






*** Belo Horizonte, 13 de julho de 2020 (119 dias de isolamento social e contando!)




quinta-feira, 11 de junho de 2020

Melhore!

Referencial teórico preliminar para o meu mais novo projeto de capacitação:


Foco: aprimoramento de competências essenciais para o cenário atual do grupo de participantes do programa, como:
  • Inteligência emocional
  • Mindfulness
  • Pensamento complexo
  • Psicologia positiva
  • Liderança servidora
  • Resolução de conflitos
  • Negociação
  • Comunicação Não-Violenta (CNV)
  • Diversidade cultural
  • Tomada de decisão
  • Gestão do tempo pessoal
  • Gestão de crises
  • Agilidade
  • Resiliência
  • Transição pessoal
  • Shinsetsu
A proposta é que as pessoas saiam do programa melhores do que entraram, através de um estudo conjunto de competências como as listadas acima e com ferramentas que lhes permitam seguir nesta trajetória de crescimento pessoal pelo restante de suas vidas.

#melhore
#getbetter
#comportamento
#softskills
#inteligenciaemocional
#emotionalintelligence

*** Belo Horizonte, 11 de junho de 2020 (88 dias de isolamento social e contando!)

terça-feira, 12 de maio de 2020

(Re) Apresentação pessoal



Eu mantenho um grupo no LinkedIn sobre Inteligência Emocional, e um colega de lá sugeriu fazermos uma nova rodada de apresentações. Escrevi e posto aqui, mesmo porque por lá não coube (por causa do tamanho do texto) e assim os leitores mais recentes podem me conhecer um pouco melhor.

Um abraço e se cuidem!
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Oi Eduardo e colegas,

Eu sou o Ivo Michalick, criador deste grupo em ago-2012 e moderador desde então. Quando criei o grupo me apresentei e pedi aos colegas que fizessem o mesmo. Acho complicado todos se apresentarem agora (somos 560), mas de qualquer forma eu lhe dou boas-vindas e faço aqui uma (re)apresentação: 

Moro no bairro Sion em Belo Horizonte com a Luiza (esposa), minhas duas filhas (Bianca, 11 anos, e Alice, sete) e a Mina, uma gatinha de rua que veio conosco de Manaus ainda filhotinha, em 2003. Estamos todos em isolamento social desde 17-mar. Sou mineiro de Bom Despacho, nerd e criado em Santa Tereza (Belo Horizonte), estudei por sete anos no Colégio Militar de BH (onde cheguei ao posto de Coronel Aluno) e torço para o glorioso América. Tenho pavor de barata, adoro strogonoff, churrasco, comida típica alemã (de preferência do Tip Top), doce de leite e chocolate. Sou introvertido (ou jacu, como dizem na minha terra), inquieto, meio impaciente e muito curioso. Detesto mentira, injustiça e gente mal educada. Amo artes em geral, listo aqui alguns artistas dos quais sou fã de carteirinha: Van Gogh, Jean Renoir, Italo Calvino, Oswaldo França Júnior, Rashid Taha,  Alexander Balanescu, Titus Welliver (ator principal da série "Bosch") e Liv Schreiber (ator principal da série "Ray Donovan"). Meu filme favorito é "Blade Runner" (o original, dirigido por Ridley Scott e lançado em 1982, sei os diálogos praticamente de cor de tantas vezes que assisti).

Eu mantenho um blog no qual falo (quando tenho tempo e inspiração) principalmente sobre assuntos ligados a pessoas, carreira e gerenciamento de projetos, segue link para postagem onde falo sobre IE:



É da época em que criei o grupo. Se quiserem algo mais recente confiram esta:


E como citei Van Gogh confiram estas duas:


Um domingo de outubro em Philly  (desculpem o merchandising no final, mas mesmo nestes tempos de isolamento social os boletos continuam chegando, certo?)



Vamos ver se alguém mais se anima a se apresentar por aqui (e/ou por lá no grupo/meu blog)!

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*** Belo Horizonte, 12 de maio de 2020 (57 dias de isolamento social e contando!)

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Trabalhando em casa em tempos de isolamento social


Por aqui estamos em isolamento social por causa do COVID-19 desde 17-mar: eu, minha esposa e nossas duas filhas, 7 e 11 anos. Nossa governanta, que vinha de segunda a sábado, está vindo duas a três vezes por semana. Eu tenho costume de trabalhar em casa boa parte do tempo desde 2010, e por causa do meu tratamento de saúde já comentado por aqui em outras postagens eu já fiquei em quarentena em casa por duas ocasiões, cada uma com cerca de 20-30 dias de duração. Dito isto, aqui vão algumas dicas sobre como estou lidando com esta situação de isolamento social por causa do Covid-19 e com a família toda dentro de casa comigo:

1. Defina uma agenda (semanal e diária) que inclua tanto trabalho quanto atividades pessoais/familiares. Eu checo a minha diária no início da rotina pela manhã e a semanal nas manhãs de sábado. Minha ferramenta de apoio neste caso é o Evernote.

2. Não tente programar mais de oito horas de trabalho por dia. Diz Alan Weiss, consultor empresarial coach e autor de livros sobre consultoria, coaching e liderança de quem sou fã:

"Hard work doesn’t solve problems, smart work does."

Isto é:

"Trabalho duro não resolve problemas, trabalho inteligente sim."

3. Seja flexível com seu cronograma de trabalho diário. Eu por exemplo adoro trabalhar no início da manhã.

4. Aliás, seja flexível e compreensivo em geral, com sua agenda, com você mesmo e principalmente com seus entes queridos que estão em isolamento com você.

5. Tenha um bom home office, com, no mínimo: uma porta com tranca, internet banda larga, um bom computador com tela grande e uma webcam de alta resolução (pelo menos 1080p), uma mesa espaçosa, uma cadeira confortável, boa iluminação e ventilação (uma janela com vista externa é excelente) e uma boa impressora multifunção (que imprima, tire cópias e digitalize documentos).

6. Se você tem crianças em casa como eu, coloque um aviso do lado de fora da porta do home office dizendo algo como:

"Papai está trabalhando, não entre sem bater e só bata se for uma coisa MUITO importante!"

7. Lembre-se: só porque uma reunião é virtual não quer dizer que você não precisa estar presente de verdade (nada de ficar navegando em outras janelas durante a reunião), cumprir os horários e estar vestido de forma correta, o que varia de acordo com o tipo de organizações com as quais você lida, mas acredito que poucas vão achar bom você participar de uma videoconferência de pijama.

8. Se você é líder de uma equipe procure ter conversas individuais, se possível com vídeo (Zoom, Skype, Webex etc.), com cada um dos seus subordinados pelo menos uma vez por semana, em horário combinado com ele/ela. E nestas conversas procure ir além dos assuntos de trabalho, mas sem 'forçar a barra".

9. Cuide da sua mente e do seu corpo: gaste tempo brincando com seus filhos se tiver, leia livros novos, assista filmes e séries no Netflix/Primevideo/Now/etc., pratique algum hobby que seja possível dentro de casa, se alimente bem (aproveite a vantagem de estar em casa!), pratique algum tipo de atividade física e não perca tempo ouvindo/assistindo/lendo noticiários mais do que 30 minutos por dia. Reparou que todos os assuntos que eram supostamente importantes antes da crise do COVID-19 praticamente saíram da mídia? Para os mineiros, por exemplo: como está o caso da Backer? Ah, e respire, respire e respire, de forma consciente sempre que se lembrar.

10. A mais importante de todas: não fique se cobrando se não conseguir seguir estas dicas à risca. Aliás, não as siga à risca. Ao invés disto releia o texto acima, reflita e crie suas próprias dicas de acordo com a sua situação real, sabendo que estas também estão sujeitas a mudanças a qualquer momento em que você sentir necessidade.


Um abraço e procure cuidar de você e sua família seguindo à risca as orientações das autoridades médicas (Ministério da Saúde, OMS e seu médico de família se tiver)!

*** Belo Horizonte, 13 de abril de 2020 (28 dias de isolamento social)

segunda-feira, 30 de março de 2020

Sensação de impotência

Não, o título não tem nada a ver com o COVID-19, posso falar disto noutra ocasião, por enquanto já são 14 dias de isolamento social em casa, com a esposa e as duas filhas (7 e 10 anos). Felizmente com um trabalho me ocupando boa parte do tempo pelo menos até o final de abril. A questão é outra, e começou em 06 de março, uma sexta à noite, antes de toda esta confusão do COVID-19 começar pra valer. Vamos lá:

Dou aulas no IETEC desde 2005, a maior parte delas à noite em dias de semana. Costumo ir no meu velho Clio 2001, pelo qual tenho um carinho especial e sobre o qual contei algumas estórias em 2013, quando cometi o erro (corrigido em menos de 24 horas) de colocá-lo à venda. O IETEC fica na Tomé de Souza (em frente ao Relógio do Sol), e como as aulas são depois de 18h e o carro é velho eu paro na rua mesmo, em geral no quarteirão da Inconfidentes entre Cristóvão Colombo e Alagoas ou na própria Tomé de Souza, do outro lado do IETEC, entre Cristóvão Colombo e Pernambuco. Para quem não é de BH e para que vocês entendam melhor esta estória confiram a figura abaixo:



Região da Savassi onde dou aulas e estaciono o carro à noite

O que costuma acontecer em dias de aula é que eu desço a Cristóvão Colombo vindo da Nossa Senhora do Carmo (Eu e meu Clio na figura acima) e estaciono o carro na rua em 99% das vezes (só não faço isto em dias em que não há vagas em nenhuma das duas opções) numa destas opções:

  - Opção a: viro à direita na Inconfidentes e paro do lado direito na primeira vaga que encontro (45o). Lembro que este quarteirão da Inconfidentes é de mão única.

 - Opção b: viro à direita um pouco antes, desta vez na Tomé de Souza (onde quinta à noite tem a moribunda Feirinha da Savassi, portanto neste dia da semana não tenho como usar esta opção), e geralmente estaciono na primeira vaga que encontro do lado esquerdo da rua, também em 45o. Lembro que este quarteirão da Tomé de Souza é (ou pelo menos era, e esta é a fonte da minha sensação de impotência) também de mão única.

Pois bem, nesta noite de 06 de março usei a opção b e parei na segunda vaga disponível em 45o do lado esquerdo de quem vira na Tomé de Souza vindo da Cristóvão Colombo. 

Dei aula (algo que ADORO fazer, em especial para turmas de Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos!) até por volta de 22h30, e quando ainda estou por atravessar a Cristóvão Colombo a pé em direção à Tomé de Souza não vejo o meu carro, mas sim outro carro parado no lugar dele. Meu primeiro pensamento foi: 

"Ah não, roubaram meu Clio!"

Só que ao chegar no local onde parei o carro vi este adesivo pregado no chão:


Não dá para ler direito na figura, mas meu Clio foi rebocado em nome da BHTRANS, por alguma suposta infração de trânsito que eu teria cometido. Na hora fiquei transtornado, mas não é uma boa ficar nesta situação por volta de 22h30 de uma sexta nesta região da Savassi. Chamei um táxi e fui para casa. Chequei nos sites do DETRAN-MG e da própria BHTRANS para tentar entender o que ocorreu, sem sucesso.Fui dormir, pois na manhã do dia seguinte (um sábado) também iria dar aulas.

Cheguei mais cedo no sábado e fui na região onde tinha estacionado meu carro, e lá tirei as fotos a seguir:




Foto 1



Foto 2



Foto 3



Foto 4



Foto 5



Foto 6


Acho que pelas fotos dá para ter uma ideia do que aconteceu, mas vamos lá: em algum momento num passado recente a BHTRANS tornou este quarteirão da Tomé de Souza (entre Cristóvão Colombo e Pernambuco) uma via de mão dupla, tendo porém o bom senso de não permitir conversão à esquerda na Cristóvão Colombo (fotos 1 e 5). Reparem porém nas fotos 2, 3 e 4 que não há NENHUMA sinalização voltada para o lado de quem vem da Cristóvão Colombo indicando que aquele trecho é de mão dupla e que aquelas duas primeiras vagas à esquerda são de estacionamento proibido. Reparem até que nas fotos 3 e 4 tem um carro branco estacionado EXATAMENTE onde eu havia estacionado na noite anterior... Por que então eu tive meu carro rebocado (e fui multado, a autuação chegou hoje, o que me motivou a fazer esta postagem)? Vejam a placa na foto 6, aquelas duas vagas agora são de estacionamento proibido por se tratarem de área de manobra, para que quem venha da Tomé de Souza não tente virar na Cristóvão Colombo e colidir com um veículo vindo na direção contrária... Só que a placa está localizada DEPOIS das duas vagas e virada para o lado de quem vem vem da Tomé de Souza para a Cristóvão Colombo, não tem NENHUMA placa para o lado de quem vem da Cristóvão Colombo entrando na Tomé de Souza. Deu para entender?

Eu falei no título em sensação de impotência, mas é um pouco mais do que isto, vamos lá:

1. Algum profissional da BHTRANS, de nível superior e provavelmente um engenheiro, teve a ideia de tornar aquele quarteirão uma via de mão dupla achando que estava resolvendo algum grande problema de trânsito na região.

2. Esta decisão passou por toda uma cadeia decisória, cheia de profissionais de nível superior, e algum supervisor, gerente ou diretor dentro da BHTRANS resolveu implantá-la.

3. Na implantação foram colocadas várias placas de sinalização, algo que também deve ter sido planejado por pelo menos um profissional de nível superior e envolvido profissionais, provavelmente terceirizados, que foram obrigados a seguir o plano definido por este profissional quando a sinalização foi instalada. Imagino até que algum destes terceirizados deve ter dito algo como:

"Uai chefe, não tão faltando umas placas viradas pro lado de quem vem da Cristóvão Colombo logo depois da virada para a Tomé de Souza?"

E aí um supervisor deve ter mandado ele calar a boca e fazer o serviço conforme o plano...

4. Não sei em que data isto aí em cima aconteceu, mas em 06-mar profissionais da BHTRANS, pagos para planejar e fiscalizar o NOSSO trânsito, vão fazer uma fiscalização neste quarteirão e decidem que meu carro e o do lado dele estão estacionados de forma irregular e decidem rebocar e autuar os dois. Mais uma oportunidade perdida por profissionais do órgão que deveria organizar o nosso trânsito para notarem que a sinalização do local estava deficiente!

E quem pagou o preço por tudo isto? Eu e o dono do outro carro que foi rebocado naquela noite, e provavelmente muitos outros motoristas que pararam numa destas duas vagas, antes e depois daquela data. Entenderam a sensação de impotência? Um MONTE de profissionais pagos com o suado dinheiro dos nossos impostos trabalhou mal, nenhum deles se opôs a um plano claramente errado e eu (e provavelmente vários outros contribuintes) arquei com as consequências de perder algumas horas indo ao pátio do DETRAN-MG, pagar uma taxa de R$328,90 (fora o táxi de ida mais o tempo perdido nesta tarefa) para retirar meu carro e ainda receber uma multa de estacionamento proibido associada a este evento, com a consequente perda de pontos na minha CNH (que pelo menos está zerada).

Dá vontade de perguntar: 

"Ô Kalil, tem base um troço destes?!"

Falei de impotência, mas o que me lembrei mesmo outro dia foi uma das estórias contadas no filme argentino "Relatos Selvagens". Não assistiu? Pois recomendo fortemente, principalmente neste momentos de isolamento social e quando você estiver se sentindo impotente ou muito P da vida! Ah, e a estória do filme da qual me lembrei é justamente a que tem como protagonista meu ator argentino favorito, Ricardo Darín, interpretando justamente um engenheiro... Confesso que me consolei ao menos um tiquim pensando em fazer o que ele faz no final da estória dele no filme!



"Relatos Selvagens", filme argentino dirigido por Damián Szifron

E se alguém da BHTRANS me leu até aqui não se preocupe, pois não é do meu feitio resolver meu problemas através de ameaças ou violência. Acredito fortemente no poder da argumentação e das palavras.

Um abraço e procure cuidar de você e sua família seguindo à risca as orientações das autoridades médicas!

*** Belo Horizonte, 30 de março de 2020 (14 dias de isolamento social)