domingo, 27 de março de 2011

Na dúvida, converse!

Não custa lembrar que o mundo virtual aproxima as pessoas, mas devemos sempre considerar a qualidade desta aproximação. Num caso extremo temos situações em que, através da exposição da própria privacidade na Internet, pessoas foram vítimas de crimes, o que como pai de um bebê me deixa bastante preocupado toda vez que minha filha se aproxima do meu smartphone ou do teclado de um dos nossos computadores.

Por isto, eu gostaria de compartilhar aqui três perguntas que procuro responder sempre que vou mandar um email que eu possa considerar “sensível”:

1. Como você se sentiria recebendo a mesma mensagem de um dos colegas endereçados?
2. Qual você acha que vai ser a reação dos endereçados, e como isto pode afetá-lo?
3. Como você se sentiria se a mensagem saísse publicada na primeira página do jornal da sua cidade?


Dependendo das respostas, apague ou reescreva a mensagem. Em caso de dúvida, NÃO ENVIE, levante da cadeira e vá falar com a pessoa se estiver com um conflito interpessoal, ou simplesmente deixe a coisa para lá se for assunto em um fórum público.

Eu, tímido por natureza, me considero um privilegiado pela existência do mundo virtual, pois ele me ajudou a conviver com a minha timidez e me permitiu conhecer gente do mundo inteiro, criando uma rede de contatos e boa vontade que já me foi muito útil em diversas ocasiões!

Termino com um exemplo: antes da primeira ida para me visitar em Dallas, cidade em que eu vivia e trabalhava na época (1998), a Luiza (então minha namorada, hoje minha esposa há 10 anos e mãe da Bianca) entrou em alguns fóruns de brasileiros no Texas. Tomando os devidos cuidados, fez alguns contatos e conheceu uma brasileira, casada, mãe de dois filhos. Passam-se quase três anos: dia da nossa volta ao Brasil, eu saio de casa correndo para comprar mais uma mala. Luiza fica em casa com Vasti, agora super amiga, terminando de empacotar livros, arrumar malas e esvaziar apartamento para vistoria final pela administradora. Simplesmente não teríamos conseguido fazer tudo sem ajuda da Vasti e família!

Hoje, passados quase 10 anos da nossa volta ao Brasil, continuamos amigos e espero reencontrá-los em outubro, quando devo voltar a Dallas para alguns compromissos profissionais. Temos vários outros casos assim, o que para nós é motivo de muita alegria, mas não deixe isto te fazer esquecer dos cuidados a serem tomados quando interagindo no mundo virtual!

Dallas, Texas


***** Ivo Michalick, 27 de março de 2011, Belo Horizonte - BRASIL

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