quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Confusos em LA

LA é como os americanos chamam Los Angeles :)  Pois bem, estou por aqui para mais uma rodada da minha formação em coaching pelo CTI, e tirei uns dias para conhecer a cidade antes do início do curso. E claro, não dá para conhecer LA a pé, portanto aluguei um carro. Confesso que tive um pouco de receio: "road rage", dirigir sozinho numa cidade de tamanho similar a São Paulo, cheia de freeways e na qual não conheço absolutamente ninguém... Mas segui em frente, e devo dizer que fui muito bem, exceto por ontem à noite em Hollywood, que por sinal confirmou a minha suspeita de ser uma espécie de Caminito ou Pelourinho americano, ou em bom português, uma arapuca para turistas, decadente até falar chega... Mas vamos lá, foram dois escorregões:

#1A Parei num estacionamento numa rua adjacente ao Hollywood Boulevard. Com medo de não encontrar o carro na hora de ir embora, tirei uma foto da esquina em que estava, assim conseguiria identificar a esquina do estacionamento através do nome da rua transversal, vejam a foto: 


Uma esquina no Hollywood Boulevard

Notaram uma coisa errada? Pois é, volto já a este primeiro escorregão, vamos ao segundo...

#2 Quando estava a meio caminho de onde estava indo (assistir uma sessão de cinema do AFI) me veio a dúvida: e se o estacionamento fechar antes da sessão acabar? Vou ficar a pé em Hollywood, o que pode dar um bom nome de filme mas não deve ser uma situação das mais agradáveis (lembram o que falei sobre Hollywood, Pelourinho e Caminito? São três lugares onde não recomendo a ninguém ficar perdido...). Daí que decidi voltar ao estacionamento antes de percorrer um quarteirão (logo depois de tirar a foto acima) para ver que horas fechavam. Logo após entrar no estacionamento notei um carro parado e de portas abertas bem ao lado do meu, e aí saiu um sujeito do lado do carro de passageiro me perguntando em inglês:

  - "Do you know how to drive?" 

Meu impulso inicial foi ignorar (Caminito, Pelourinho...), mas algo me disse para oferecer ajuda. Pois bem, tratava-se de um casal de brasileiros, e a mulher, que estava dirigindo, não conseguia de jeito nenhum colocar o câmbio do carro (que como a maioria dos carros nos EUA tem câmbio automático)  na posição DRIVE (que permite ao carro andar pra frente). Ora, morei nos EUA por três anos, o carro de família no Brasil tem câmbio automático, vai ser mole, certo? Pedi licença, me sentei no banco do motorista, desliguei o carro, liguei de novo, engatei o DRIVE e pronto!

Falei com a motorista que devia ser algo travado, sei lá, mas que estava resolvido. Desliguei o carro e dei o lugar a ela. E... nada, o câmbio parecia travado! Pedi o lugar de volta, tentei de novo, e tudo ok. A motorista voltou e... nada! Me sentei ao lado dela, e fui mover a alavanca do câmbio enquanto ela mantinha o carro ligado. Nada de novo!

Bom, fizemos esta rotina por uns dez minutos, até que me lembrei: carro com câmbio automático não muda o câmbio de posição se o pedal de freio não estiver pressionado! A motorista não tinha obrigação de saber, pois era sua estreia em carro automático, mas e eu?!

#1B A esta altura vocês devem ter notado que na foto que tirei não aparece o nome da rua, certo? Pois é, fiquei perdido uns 20 minutos, passando toda hora nos mesmos lugares e me sentindo observado por um monte de gente estranha (eram cerca de 21h30 daqui, o que pelo fuso de BH, no qual ainda estou, tanto na parte física quanto mental, dá 3h30 manhã!). Aí me lembrei: logo que saí do estacionamento e virei a esquina no Hollywood Boulevard eu tirei a foto de uma estrela na "Calçada da Fama", confiram:


"Uma das estrelas da "Calçada da Fama"

Para quem tem mais de quarenta anos deve ser fácil imaginar porque tirei esta foto, eu adorava o seriado com este nome, acho que foram uma das primeiras "boy bands" criadas artificialmente. Quem quiser dar pode dar uma conferida:



Pois bem, com a foto foi só andar olhando para o chão (e para a frente, por segurança) até achar a estrela, daí virar na primeira esquina, entrar no estacionamento, pegar o carro e voltar pro hotel!

Ah, e sobre o horário do estacionamento: fica aberto até 2h da manhã...

*********** Los Angeles (na verdade Culver City), 14 de novembro de 2013, ESTADOS UNIDOS

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Mais motivos para aprender inglês e espanhol

Pessoal,

Acaba de sair o "HAYS GLOBAL SKILLS INDEX 2013", um relatório da Hays (consultoria global de recrutamento e seleção) que busca medir a eficiência dos mercados de trabalho nos países do Mundo. No caso do Brasil o relatório mostra muita coisa que já sabemos e que no caso contribuiu para que tenhamos um indicador acima de 5.0 (índice ideal), porém melhor que o de países como Estados Unidos, Canadá, Japão e  Alemanha. Ele fala em especial de:

  - Deficiência do nosso ensino secundário;
  - Excesso de regras em nosso mercado de trabalho (dois itens que pioram o nosso índice) e
  - Depressão salarial (o que melhora nosso índice e competitividade, apesar de não ser exatamente uma boa notícia para os empregados).  

Recomendo a leitura do relatório, em especial da página 19, que apresenta um perfil do Brasil segundo a Hays. Gostei, pois o perfil confirma dois pontos importantes que costumo reforçar junto aos meus alunos e aos meus clientes de coaching:

1. A importância de se ter fluência em inglês. Esta é listada, juntamente com pensamento estratégico, como as duas habilidades mais procuradas pelos empregadores.

2. A importância de se ter fluência em espanhol. Esta é uma conclusão minha, pois o relatório considera o Brasil como um hub para companhias que fazem negócios na América Latina. Vejam esta comparação do nosso PIB com o de alguns vizinhos (fonte: Wikipedia):

- Brasil: U$2.422 trilhões
- Argentina: U$ 771 bilhões
- Colômbia: U$ 502 bilhões
- Venezuela: U$409 bilhões
- Chile: U$342 bilhões
- Peru: U$210 bilhões

Isto é, cinco vizinhos nossos somados dão uma economia de porte similar à nossa (U$2.422 trilhões x U$2.234 trilhões), e o mercado de trabalho nestes vizinhos está cheio de oportunidades nos mais diversos setores, além de ser bem mais flexível que o nosso. E olhem que nem considerei o México, com um PIB de U$1.845 trilhões...

Se investirmos em competências globais aumentamos nossas chances de sermos profissionais globais, capazes de atuar em diferentes partes do mundo e com maior capacidade de resistência a crises locais e sazonais, certo? E para isto é essencial falarmos a língua dos mercados que almejamos.

Que tal começar com um "2 em 1"? Leia o relatório com calma e consciência crítica, isto vai te ajudar no inglês e no pensamento estratégico!

Saiba mais:

Matéria na revista Exame sobre o relatório Hays 2013.

E por último uma nota pessoal: semana que vem vou poder riscar com prazer um item da minha "bucket list", pois finalmente vou conhecer a Califórnia! Sigo para Los Angeles para fazer mais um módulo da minha formação em coaching pelo CTI, e a escolha desta cidade foi proposital. Morei e trabalhei três anos nos Estados Unidos, viajei bastante mas não tive a oportunidade de conhecer a Califórnia (e olha que me casei ali do lado, em Las Vegas), região que sempre fez parte do meu imaginário! E é CLARO que não vou deixar de nadar no Oceano Pacífico, mesmo porque a minha única experiência com este oceano até hoje não foi das melhores (um dia conto esta estória em outra postagem, mas posso adiantar que a experiência se deu em Vina Del Mar, no Chile).




                                                     "Garota eu vou pra Califórnia..."

*********** Nova Lima, 08 de novembro de 2013, BRASIL