Sobre a minha preparação
Como passo
boa parte do meu tempo dando aulas baseadas em grande parte nas melhores
práticas do PMI, eu havia me programado para fazer esta prova com um mínimo de
estudo, algo da ordem de 40h, focadas basicamente em:
- Releitura do Guia PMBOK;
- Realização de pelo menos 200 questões
simuladas (pensei em usar uma edição antiga do livro da Rita Mulcahy que tenho
em casa, por achar que esta parte de planejamento e controle não mudou tanto
assim nos últimos anos).
Este plano
explica em parte porque demorei tanto a fazer a prova, pois eu simplesmente não consegui
alocar as 40h de estudo ao longo dos últimos meses. Um alerta soou no último
reagendamento que fiz da prova para a data de hoje, feito em 25-nov. Se eu não fosse aprovado
teria que pagar a taxa de reexame de
U$335 e muito provavelmente reagendar a prova para algum centro Prometric fora
de Belo Horizonte, pois o daqui não mostrou datas disponíveis para agendamento
a partir de 14-dez!
“Faça o que eu digo mas não o que faço”,
ou “Casa de ferreiro espeto de pau!”
Estes dois
ditados populares vieram à minha cabeça no último final de semana, quando vi
que não teria tempo de estudar como queria e não poderia adiar novamente a
minha prova sob pena de, em caso de não ser aprovado na primeira tentativa, ter
a minha elegibilidade de um ano vencida (em 4-jan próximo) e aí ter que fazer
de novo todo o processo, do zero!
Fui portanto
para o exame de uma forma que NÃO recomendo aos meus alunos, “com a cara e a coragem”... Deu emoção,
mas a minha experiência profissional e como professor me ajudou demais e
confirmou algo em que sempre acreditei: no caso do PMP e, penso eu, das outras provas
do PMI baseadas em áreas afins ao Guia PMBOK (como as das credenciais PMI-SP e
PMI-RMP), experiência conta muito, em especial quando casada com um bom
conhecimento dos padrões associados. E eu, afinal, sempre cuidei dos
cronogramas dos meus projetos, o nome do último cargo que ocupei antes de
partir para meu atual vôo solo era
Coordenador de Planejamento e Controle (na Vale)
Portanto, meu
conselho aos colegas que pensam em buscar esta credencial e possuem experiência
e vivência, e em especial para os que já possuem o PMP, é que façam a prova o
quanto antes, se possível executando um plano similar ao que não consegui
executar no meu caso! Seu conhecimento e experiência são seu maior diferencial
neste exame, que como o PMP (que obtive em 2004) é fortemente focado em
questões situacionais, só que neste caso o sujeito principal é o planejador do
projeto ao invés do GP.
Além de
questões específicas sobre prazo, vi muitas questões sobre escopo e integração
(o que era de se esperar), mas também muita coisa sobre risco e comunicação.
Achei o grau de dificuldade da prova razoável, e terminei tudo em cerca de 2h
(a duração máxima é de 3,5h para 170 questões).
Também achei
a prova bem feita, apesar de ter visto umas cinco questões que achei mal
elaboradas e/ou confusas (ou então eram sobre assuntos que desconhecia rsrsrs).
A principal
lição que tirei desta experiência foi que, para poder equilibrar a minha rotina
(que pagas as minhas contas hoje) e meus projetos (que vão pagar as minhas
contas no futuro) eu preciso ter um IMS –
Integrated Master Schedule associado ao meu PEP – Planejamento Estratégico Pessoal.
Um IMS no meu
caso é um cronograma que contenha todas as atividades previstas para o meu
portfólio de projetos e a rotina operacional para o próximo período. Penso em fazer um
que cubra no detalhe até o final de 2012, e para isto devo usar o MS Project 2010, pela facilidade de uso e por ter adquirido uma licença do produto pouco
depois que decidi partir para uma carreira solo em maio de 2010. O melhor conjunto de ferramentas que tenho hoje é uma planilha Excel e um diário de atividades em Word. Os dois me ajudam demais, mas esta experiência com o PMI-SP e o fato de ser na maioria dos casos meu próprio GP e planejador me fizeram partir para algo mais sofisticado!
***** Ivo Michalick, 6 de dezembro
de 2011, Belo Horizonte - BRASIL