Nestes tempos em que sustentabilidade
virou uma das “palavras da hora”, eu gostaria de falar um pouco sobre minha
visão sobre este conceito: para mim, toda vez em que preciso tomar uma decisão
sobre um projeto, penso em como isto pode afetar esta pessoa aqui:
Depois de ser pai pela primeira vez, aos 44 anos de
idade, passei a ver o mundo de uma maneira TOTALMENTE diferente e (assim
espero!) mais “certa”: fiquei ao mesmo tempo mais intolerante com a incompetência
e o desperdício (que nos tiram tempo
e recursos que poderíamos dedicar àqueles que mais nos importam) e compreensivo com as falhas dos outros, pois passei a
enxergar toda pessoa de uma forma parecida como enxergo a mim (como pai) ou a
minha esposa (Luiza) e filha (Bianca). Isto deveria ser óbvio, mas parece que a gente se esquece
a toda hora: TODO mundo é filho de alguém, e MUITOS de nós são responsáveis por
cuidar de filhos, assim como eu...
Esta visão nos ajuda a ficar concentrados no que
REALMENTE importa nas nossas vidas e a buscar sair do ciclo de correria/urgência
que muitos de nós nos impomos a nós mesmos. Por exemplo: você entraria numa
guerra sabendo que seu filho estaria entre os primeiros a serem despachados
para o campo de batalha? Ou aceitaria atuar num projeto que vai deixar um
legado de poluição para a geração dos seus filhos? Convido a todos a refletir
sobre isto.
*** Este texto é uma homenagem ao Pedro, meu mais novo sobrinho, que chegou ao mundo ontem à noite e
me fez pensar ainda com mais força o que estou fazendo para que ele, Bianca e todas as crianças do mundo
tenham um futuro melhor.
***** Ivo Michalick, 27 de setembro de 2011, Belo Horizonte - BRASIL