domingo, 9 de outubro de 2011

Curvas de aprendizado e as 10.000 horas de Malcolm Gladwell


Você já notou que, sempre que vai desenvolver uma nova atividade, tende a ser mais rápido e eficiente quanto mais a repete? Isto se deve à chamada curva de aprendizado, um fenômeno descrito formalmente pela primeira vez por Wright em 1936.

Segundo a teoria da curva de aprendizado, à medida em que uma pessoa executa uma tarefa repetidas vezes, o tempo gasto na tarefa tende a se reduzir, até chegar a um valor-limite. É claro que esta evolução varia de acordo com a pessoa e a natureza da atividade, mas trata-se de um fenômeno universal e que deve ser levado em conta em projetos e atividades de rotina que demandem uma grande quantidade de treinamento em função de novas atividades.

MalcolmGladwell, um dos meus autores contemporâneos preferidos, apresenta em um dos capítulos de O que se passa na cabeça dos cachorros a sua “teoria das 10 mil horas”, claramente inspirada nos conceitos de curva de aprendizado. Ao estudar profissionais de sucesso como Bill Gates, os Beatles e até Mozart, Gladwell identificou um padrão que se repetia em cada uma das histórias:

  • ·        Bill Gates, antes de comercializar seu primeiro software, acumulou 10 mil horas de prática em programação de computadores numa universidade próxima de sua casa;

    ·        Os Beatles, antes de alcançar sucesso em nível mundial, tinham praticado 10 mil horas em palcos como os de Hamburgo, tocando música de vários estilos diferentes;

    ·        Mozart, claro, acumulou 10 mil horas de composições, iniciadas ainda na infância, antes de produzir suas maiores obras-primas.


Isto nos faz pensar, não? Para saber mais especificamente sobre esta teoria, confira o livro ou este vídeo com o próprio autor:



Gladwell é um dos meus autores preferidos de não-ficção pelo fato de, além de escrever de uma forma extremamente agradável (ele deve ter treinado pelo menos 10.000 horas até lançar seu primeiro – e até hoje melhor, na minha opinião – livro, “TheTipping Point”/”O Ponto da Virada”  ), sempre dizer coisas que me fazem pensar um bocado...

E vejam que legal, eu vou ter oportunidade de pela primeira vez assisti-lo ao vivo este mês no dia 23, ele é o palestrante de abertura do Congresso Global do PMI em Dallas, acho que só esta palestra vai valer a viagem!

Por fim, uma nota pessoal sobre “The Tipping Point”: foi lendo este livro logo que ele saiu em 2000 que eu abracei de vez o meu lado "maven"  , e isto é de certa forma uma das principais motivações que tenho para manter este blog.

Este meu lado que gosta de compartilhar coisas legais com os outros já se manifestou em outras frentes, se você gosta de música confira por exemplo este texto meu sobre World Music escrito em 2003.

Como vou ficar em Dallas por duas semanas a partir deste final de semana acho que só volto a postar por aqui no final do mês ou no início de novembro, e então aproveito para contar como foi a viagem. See ya!

***** Ivo Michalick, 9 de outubro de 2011, Belo Horizonte - BRASIL