Você já notou que, sempre que vai desenvolver uma nova
atividade, tende a ser mais rápido e eficiente quanto mais a repete? Isto se
deve à chamada curva de aprendizado, um fenômeno descrito formalmente pela
primeira vez por Wright em 1936.
Segundo a teoria da curva de aprendizado, à medida em que
uma pessoa executa uma tarefa repetidas vezes, o tempo gasto na tarefa tende a
se reduzir, até chegar a um valor-limite. É claro que esta evolução varia de
acordo com a pessoa e a natureza da atividade, mas trata-se de um fenômeno
universal e que deve ser levado em conta em projetos e atividades de rotina que
demandem uma grande quantidade de treinamento em função de novas atividades.
MalcolmGladwell,
um dos meus autores contemporâneos preferidos, apresenta em um dos capítulos de
“O que se passa na cabeça dos cachorros” a sua “teoria das 10 mil horas”,
claramente inspirada nos conceitos de curva de aprendizado. Ao estudar
profissionais de sucesso como Bill Gates, os Beatles e até Mozart, Gladwell
identificou um padrão que se repetia em cada uma das histórias:
- · Bill Gates, antes de comercializar seu primeiro software, acumulou 10 mil horas de prática em programação de computadores numa universidade próxima de sua casa;· Os Beatles, antes de alcançar sucesso em nível mundial, tinham praticado 10 mil horas em palcos como os de Hamburgo, tocando música de vários estilos diferentes;· Mozart, claro, acumulou 10 mil horas de composições, iniciadas ainda na infância, antes de produzir suas maiores obras-primas.
Isto nos faz pensar, não? Para saber mais especificamente
sobre esta teoria, confira o livro ou este vídeo com o próprio autor:
Gladwell é um dos meus autores preferidos de não-ficção
pelo fato de, além de escrever de uma forma extremamente agradável (ele deve
ter treinado pelo menos 10.000 horas até lançar seu primeiro – e até hoje
melhor, na minha opinião – livro, “TheTipping Point”/”O Ponto da Virada” ), sempre dizer coisas que me fazem pensar um bocado...
E vejam que legal, eu vou ter oportunidade de pela
primeira vez assisti-lo ao vivo este mês no dia 23, ele é o palestrante de
abertura do Congresso Global do PMI em Dallas, acho que só esta palestra vai valer a viagem!
Por fim, uma nota pessoal sobre “The Tipping Point”: foi lendo este livro logo que ele saiu em 2000
que eu abracei de vez o meu lado "maven" , e isto é de certa forma uma das principais motivações que tenho para manter
este blog.
Este meu lado que gosta de compartilhar coisas legais com os outros já se manifestou em outras frentes, se você gosta de música confira por exemplo este texto meu sobre World Music escrito em 2003.
Como vou ficar em Dallas por duas semanas a partir deste final de semana acho que só volto a postar por aqui no final do mês ou no início de novembro, e então aproveito para contar como foi a viagem. See ya!
***** Ivo Michalick, 9 de outubro de 2011, Belo Horizonte - BRASIL
Boa viagem, Ivo! Espero um dia também poder assistir o Malcolm Gladwell ao vivo!
ResponderExcluirAbs.
Alexandre